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10 anos de Salvador Vegan Café: quando o som se torna afeto e o café vira manifesto

  • Shoyu
  • 30 de abr.
  • 2 min de leitura

Primeira cafeteria vegana de Joinville celebra uma década de história com playlists especiais e cultura rebelde


Há lugares onde a comida é boa e a música melhor ainda! Esse é o clima do Salvador Vegan Café, que nesta quinta-feira (1º), comemora seu décimo aniversário. O evento será realizado no feriado do dia do trabalhador e isso não é uma coincidência, afinal a essência do estabelecimento é marcada por resistência e coragem.


Localizado no centro de Joinville, a comemoração contará com: sarau de arte, onde todos estão convidados a expressarem suas habilidades e criar conexões, cardápio completo de variedades, bolo de aniversário, chopp em dobro e exposição fotográfica do artista visual Fabio Moreira.


O sócio e administrador Eduardo Rodrigues contou ao veículo Um Olho sobre o processo criativo de curadoria musical da cafeteria, em todos estes anos, e destacou a bacana exploração das diferentes facetas sonoras que o local já conquistou. Para quem ainda não conhece, a identidade é eclética e suas tracks vão de Legião Urbana e Clara Nunes ao bolero latino ou hits pop americano.

“A gente vive a música. Literalmente. Cada dia da semana tem um clima, uma pegada, uma identidade sonora. Já teve fase do pop, do rock, da música brasileira raiz... tudo isso é sobre a gente, sobre o que nós vivemos e o que queremos dizer ao mundo”, explica Edu.

O ativista vegano ainda relatou que o espaço foi fundado e idealizado por dois militantes que flertavam com o punk hardcore, os amigos Bruno Isidoro e Felipe Ribas. Eles criaram o refúgio para incentivar a consistência e afeto, sem imaginar que se tornaria ponto de encontro para manifestos autênticos por uma dezena de anos.

"O Salvador sempre foi um lugar que tenta romper com o que oprime. Só que fazemos isto pela arte mesmo. A música aqui sempre foi orgânica e nunca apenas um marketing”

Mesmo sem desejar que a musicalidade se tornasse produto comercial, uma iniciativa tem movimentado a casa. A criação de um sistema onde cada dia uma playlist específica de um determinado gênero é selecionada, tem agrupado tribos alternativas e disseminado cultismos. Edu ainda menciona: "A gente sempre experimentou muito. Já tivemos noites direcionadas para artistas mais cult's, digamos assim, e agora estamos retornando com essa ideia mais de forma melhor estruturada. Temos a quarta do pop, a quinta do rock, e o sábado é o nosso dia da alegria, do borogodó brasileiro que embala e acolhe.”


De MP3 aos disco de vinil, o que move os frequentadores do Salvador Vegan Café é a escuta. A oportunidade em escutar boa música, histórias, lutas e sentimentos. Com seus dez anos de sobrevivência dentro da cidade, o lugar segue afinado com quem acredita que cultura também é uma forma de combater a violência. Às vezes com leveza, mas nunca com silêncio.


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