Cultura marginal fortalece suas raízes no litoral catarinense
- Shoyu
- 8 de abr.
- 2 min de leitura
Atualizado: 18 de mai.
GIG independente ressuscita contracultura
Na noite do último sábado, 05, o centro de Itajaí se tornou ponto de encontro para manifestação cultural underground. O evento Kaya, organizado pelo coletivo Cosmikcia, aconteceu no clube e studio tattoo Water Rats e reuniu DJ’s independentes que, assim como a produtora, alimentam uma ideologia anti conformista. As atrações se expressaram livremente e transitaram por diversos gêneros musicais eletrônicos, contando com um público excêntrico disposto a representar a energia urbana do município.
O warm up da celebração ao individual foi executado pela joinvilense Shoyu. A artista iniciou seu set com uma declaração do manifesto O Futuro é Ancestral, em homenagem ao ambientalista, filósofo e líder indígena brasileiro Ailton Krenak, e em sequência mixou harmonicamente faixas de Organic House, Tribal House e Afro House. Sua proposta artística é de conexão com a natureza e elevação da frequência mental e energética de seu público, com músicas moduladas em vibrações positivas de ressonância acima dos 420 hertz. Com um toque sombrio em algumas faixas de sua sequência, ela cria um “goth house progressivo” para representar o oculto das florestas e intensidade da mente humana. O resultado é um “Witch EDM” de cura, reconhecimento e conexão com os ouvintes.
Na sequência, IMNOACID faz uma viagem histórica pela música eletrônica e inicia sua performance com “The Robots”, som criado nos anos 70 pela banda alemã Kraftwerk, pioneira do gênero. Sua apresentação foi marcada por uma identidade industrial e experimentalista carregada de vocoders e sintetizadores. Gustavo Wohlke, idealizador deste projeto musical, é um multi-instrumentista e surpreendeu a todos ao incluir, dentro de sua exibição, solos de guitarra e acordes livres e fluídos por suas faixas tecnológicas. Sua prática criava uma espécie de jazz fusion e tornava a passagem entre os gêneros Ambient House, VGmusic e Drum and Bass límpida e divertida.
Esteve presente nesta edição também o co-fundador do Coletivo Nakaria e residente da label InPulse, Varela. Sua proposta é unir o digital ao analógico e, sem seguir rótulos, experimentar diferentes estilos. UK Garage, Hardcore Electro e Acid foram alguns dos gêneros escolhidos para sua discotecagem com vinil. Com uma interação contente, o clube presenciou a manipulação ágil de seus LP’s.
Buscando fechar com chave de ouro, M444d marca sua presença destacando sua autonomia e confiança. A disc jockey reproduziu músicas de Breakbeat e Electrodance buscando sua auto descoberta e abusando da expressividade.
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🎥Confira a seguir o material audiovisual completo:
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