Sofisticado, segunda edição do Jarajazz reafirma seu valor artístico
- Shoyu
- 8 de jul.
- 2 min de leitura
O material reúne entrevistas com a produção do festival e o quarteto do guitarrista Marco Antônio; Confira!
Jaraguá do Sul não é um polo tradicional do gênero jazz, mas isso não impediu a ABAJAS (Associação de Bandas de Jaraguá do Sul e Região) de lançar, pela segunda vez, um festival inteiro dedicado à música instrumental. O Jarajazz não quer só formar público, quer mudar o modo como a arte local é vista, tratada e ouvida.
“O festival nasceu da necessidade de mostrar que Santa Catarina não é só indústria. É também cultura, é também música de alto nível”, afirma Maru Caetano, produtora executiva.
A segunda edição do evento trouxe nomes como Alegre Corrêa, guitarrista catarinense vencedor do Grammy, além de bandas e músicos de diferentes regiões do estado. A curadoria, feita por Enéias Raasch, parte de um princípio claro: artistas catarinenses, repertório livre, mas com o jazz como ponto de partida. “Não precisa ser jazz puro. Pode ter samba, pode ter bossa, pode ter outra coisa. Mas o jazz tem que estar ali, como linguagem. Improviso, escuta, liberdade. É isso que buscamos”, aponta Raasch, diretor artístico.
O crescimento do festival foi evidente: mais público, mais engajamento, mais músicos interessados. Parte disso se deve à aposta em formatos acessíveis, como shows ao ar livre e jam sessions abertas, e ao esforço da equipe em fazer o evento circular por diferentes espaços da cidade. “A ideia era não esperar o público vir, mas ir até ele”, explica Caetano.
E funcionou! O show de Alegre Corrêa, por exemplo, foi um dos mais procurados. Muita gente, segundo Enéias, sequer sabia que o músico era do estado. “As pessoas conhecem o Grammy, conhecem a importância dele fora, mas não sabiam que ele é daqui. Isso diz muito sobre como a gente trata os nossos artistas.”
Além do impacto cultural, o festival também tem objetivo prático: gerar renda para músicos que atuam fora do mainstream.
“A música instrumental exige formação, tempo, investimento. Mas o mercado não devolve isso na mesma medida. A gente quer que esses músicos possam trabalhar com dignidade”, reforça Maru.
O Jarajazz é um esforço coletivo. Além de Enéias e Maru, a equipe conta com Felipe Alexandre na direção geral, Eduardo Pawlak na direção de arte, Alessandra Blaessing na comunicação e uma equipe técnica formada por Franco Hettwer, Thiago Barba e Lu Antunes. O projeto foi viabilizado com recursos do Governo Federal via Política Nacional Aldir Blanc, por meio da Fundação Catarinense de Cultura.
Depois de duas edições, o festival começa a deixar marcas, não só em quem ouve, mas em quem faz. “A gente recebe mensagens, sugestões, gente querendo participar e colaborar... Isso mostra que o caminho está certo”, diz equipe. Para encerrar a edição de 2025, a família Jarajazz se pronuncia:
“Nosso objetivo nunca foi fazer um festival bonitinho. É criar espaço, movimentar a cena e provocar mudança!”
🎥Confira a seguir o material audiovisual completo:
https://www.instagram.com/reel/DL3k6gPOiB3/?igsh=OWpwZjZrdjltYWN3 * Ouça o primeiro disco de Saturno Express, "Tenho Sonhos Elétricos", citado em entrevista:




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